segunda-feira, novembro 22, 2010

Sucesso? ou fracasso?



Falar sobre o que foram estes últimos quatro anos e meio, precisaria quase que escrever um livro.

Sinto que foi quase uma transformação de larva em borboleta. Digo isto no total sentido da comparação. Por motivos que não interessam serem colocados aqui e agora, vivia em uma forma de reclusão e a partir do momento em comecei o curso e a construção do blog passei a me fortificar com os conhecimentos, com o contato com os colegas e suas particularidades.

A convivência semanal através da Internet com professores e tutores, as exigências, as minhas limitações, me forçavam a superar os obstáculos que se apresentavam tanto no curso como na minha vida.

Jamais poderia imaginar que eu conseguiria fazer uma graduação trabalhando 40 horas em sala de aula.

Devo confessar que realizar este curso deu um motivo para minha vida. Terminá-lo seria uma questão de honra. Entretanto como toda a jornada por um objetivo encontraremos alegrias e tristezas, sucessos e fracassos. E assim aconteceu.

Neste tempo pude refletir sobre a minha vida, meu trabalho, meus objetivos alcançados e não alcançados. Conheci várias pessoas, li vários autores, várias teorias. Senti-me cada vez mais fascinada por Paulo Freire e sua fala. Identifiquei-me com autores que acreditam num futuro melhor através da Educação e com uma metodologia mais moderna, mais próxima da nossa realidade de injustiças sociais. Pude adquirir um amplo conhecimento de tecnologias digitais e no vasto aproveitamento da Rede Internacional de Comunicação no campo educacional, conhecimento que pude aplicar nas minhas aulas e ter o privilégio de inserir vários alunos meus nesta nova era.

Ao mesmo tempo confirmei que estamos numa crise de valores, de falta de ética, de carência de professores comprometidos com a educação. Comprovei uma falência por parte do Estado no que se refere à educação. Não consegue fiscalizar e controlar diretores, professores, funcionários e por causa do corporativismo, denuncias de pais ficam vazias, sem solução.

Enfim, voltando a borboleta, todos estes acontecimentos fortaleceram-me para transformar em uma borboleta ( concluir o curso de graduação), mas como a borboleta que tem uma vida muito curta, estas maravilhas adquiridas no curso, em função das influências externas e fora do meu controle provavelmente serão exterminadas, impossíveis de serem alcançadas.

Um comentário:

Beatriz disse...

Neusa querida, conhecer mais se paga um preço: se sofre mais porque somos capazes de ver o mundo bem mais próximo do que ele realmente é. Mas, não conhecer é pagar um preço infinitamente maior não achas?
Assim querida colega e amiga, conhecer é tb compreender que: há limites; o que se deseja para a humanidade não é compartilhada por muitos; sucesso na área educacional é difícil mas não impossível e, principalmente lidar com gente e ser gente que abre o mundo para os outros é nossa principal fgunção profissional. Na nossa profissão, resultados objetivos, discussões e diferenças precisam fazer parte da nossa rotina de entendimento. Um abração
Bea