sexta-feira, junho 29, 2007

Educação, a oitava arte - O Prazer de Ensinar

"Disponibilizar-se ao próximo é um bem maior que faz jus à palavra humanidade! Nós, educadores, famílias e demais construtores da coletividade participativa devemos nos doar no presente, estabelecendo desta forma a compreensão da Educação como a maior herança que os pais deixam para os seus filhos, que os educadores e sistemas governamentais deixam para suas sociedades, para que nossa descendência também se doe no futuro. Essa prática deve ser a diferença entre a própria existência e sobrevivência humana. Não seria esta a missão verdadeira do educador? Não seria, a Educação, a arte das artes?" Assim termina um artigo de Roberto Nogueira de Sousa Lopes e Marta Soraia Santana Siva em uma revista educativa da Editora Criarp Ltda. Ilustrada com fotos de um professor com um sorriso de otimismo o artigo nos passa uma mensagem de esperança e de uma maneira de trabalhar que quase todos os professores que lerem dirão: " É utopia". Porém ao terminar a leitura algumas dúvidas que me afligem se tornaram menos pesadas. A idéia de saber que existem mais pessoas que sonham com um outro tipo de educação, uma outra maneira de trabalhar com as crianças, enfim o verdadeiro sentido da palavra "educador" já me faz mais otimista. Não posso deixar de colocar outra frase que achei muito interessante:"A Educação é o salva-vidas da sociedade, não é o caderno, o lápis ou a sala de aula, mas a conciliação ou reconciliação do indivíduo com a sua própria vontade".

Gurias(passageiras da linha Palio hor.9h30min): Em breve estarei mandando por e-mail o artigo completo para vocês.

sábado, junho 23, 2007

O que é ter infância?


Estivemos no pólo, nesta quarta-feira, para assistirmos a primeira aula de mais duas interdisciplinas deste semestre: Escolarização, espaço e tempo na perspectiva histórica e
Infâncias de 0 a 10 anos.
Como já comentei das outras vezes tenho um gosto todo especial por estas aulas presenciais. Considero um momento de explosões de idéias onde sempre fica algo para depois, fazendo com que aquilo que não ficou definido ou conceituado nos impulsione para a busca da solução. A partir daí renova o ciclo: atividade – Rooda – texto – Skipe – e-mail – pesquisa – Internet – e-mail – Skipe - fórum – Rooda – e-mail – Skipe – postagem – Rooda – e-mail – Skipe e neste meio com contratempos que a tecnologia nos apronta descobrimos alguma coisa nova e então é uma nova onda de e-mails para passar a novidade. Em outra oportunidade falarei mais sobre as nossas aulas presenciais, pois elas são muito ricas em conteúdo como pessoas. Neste momento não sei como definir com palavras o que me vem no pensamento.
O que é importante dizer no momento é o que ficou marcado para mim quando foi dito no final da aula, que iríamos definir que tipo de infância que estávamos trabalhando.
Este pensamento me acompanhou e está me acompanhando o tempo todo.
Mais ainda, será que este tipo de vida (se é que se pode chamar de vida) que essas crianças levam pode-se chamar ter infância?
Esta última semana tenho me sentido bastante aflita com a ansiedade dos meus alunos em sala de aula. Morando em uma região de conflito e violência fica difícil e confuso nas cabecinhas deles muitas das coisas que tentamos lhes passar na Escola e mais ainda na minha cabeça se o que estou fazendo:" é certo ou é errado"?

quinta-feira, junho 14, 2007

Envolvimento com a cidade















Dia 13 de junho participei de uma reunião no DC Navegantes onde está sendo realizado o projeto ESSA POA E BOA. Este projeto se constitui de uma revitalização do 4º distrito da cidade de Porto Alegre onde estão envolvidos artistas, intelectuais, empresários e principalmente a comunidade através das escolas e entidades que prestam serviços às mesmas. Vale a pena conhecer e participar para sabermos de que forma fazemos parte da história desta cidade, como somos protagonistas desta história, como foi nosso passado, como está sendo nosso presente e como poderemos fazer o nosso futuro bastando o nosso empenho para isto.
(Passe o cursor sobre o emblema do projeto, aparecendo a mãozinha dê um click e você irá direto ao site. Recomendo principalmente os blogs, são muito interessantes.)

sexta-feira, junho 08, 2007

Qual o nosso papel nesta história?

Não é novidade, de tempos em tempos, como educadores sermos sacudidos com uma manchete de jornal deste tipo ou quem sabe até bem pior. Exercemos nossa profissão na maioria das vezes, como professores de Escolas Públicas em regiões de periferia, com muitas carências, miséria (pois se torna até ridículo dizer que é pobreza), marginalização,
e por conseqüência regiões que são invadidas por tráfico e drogas.
Insistimos em não colocar nas palavras as realidades que existem em nossos pensamentos não sei por ingenuidade, burrice ou por medo de assumir a verdade.
A verdade é que muitos de nós professores, não só, mas principalmente do serviço público se vê na dura situação de saber que tem em aula muitas vezes crianças drogadas, que se prostituem, que cometem pequenos e grandes delitos para conseguirem as drogas e que estão convivendo junto com outras inocentes, com famílias bem estruturadas e que ainda não descobriram este lado negro da vida e parece que são culpadas por poderem aproveitar a infância como de fato merecem e têm direito.
Não que os condene por se verem obrigadas desde cedo a enfrentar este lado sujo desta sociedade que há muito tempo esqueceu o que é ser criança, mas porque estou sempre me perguntando. Será que o Estado ao pensar em educação está pensando na sua responsabilidade com a prevenção de casos assim? Será que as Direções de Escola tão preocupadas com as verbas que não são suficientes estão pensando qual o seu papel para tentar se não resolver, amenizar o sofrimento e ansiedade dos professores que se vêem nesta triste situação de ver e ter que fazer que não vê porque sempre que procuram auxilio nunca encontram.Deparam-se apenas com o famoso lema da “inclusão” e a ameaça do conselho tutelar de “criança em sala de aula” seja prostituída, drogada ou infratora.
Enfim, neste caso tudo parece ter acabado bem. Menino internado por bondade de uma clínica que se tornou conhecida. A governadora foi às páginas do jornal e anunciou um convênio com o governo federal. Assunto para dois ou três dias ocupando as páginas dos noticiários com retrospectivas, tratamentos alternativos, outros casos e prováveis desfechos.
Pronto caiu no esquecimento até que outra mãe, eleitora, diarista, faxineira ou operária ou até mesma uma mãe que se dedica só a cuidar dos filhos ou não seja obrigada a acorrentar o próprio filho para que ele não morra.

quinta-feira, junho 07, 2007

Avaliação Presencial

















Olha como estamos concentradas!
Avaliação de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I e Fundamentos da Alfabetização.
Isto é sério mesmo. Uma noite fria no Pólo Alvorada, mas claro, com todo o suador das nossas preocupações.

domingo, junho 03, 2007

Frustração

Encontrei bastante dificuldade na disciplina fundamentos da alfabetização, principalmente quando foi para relacionar com as teorias de aprendizagem. Nunca trabalhei com alfabetização e talvez esta tenha sido o motivo da minha dificuldade sem contar outras...
Tenho certeza que como outras situações vou continuar lendo e aprendendo e buscando o que ficou para trás. De qualquer forma sempre fica um pouco de frustração de não conseguir realizar plenamente aquilo ao que nos propomos. Espero daqui para frente enfrentar melhor os próximos desafios. O importante para mim é não desistir afinal não é a primeira e nem a última decepção que vou ter.

sábado, junho 02, 2007

VISITA (NEM TANTO)INESPERADA

Existem momentos na minha vida que uma dor muito grande vem me visitar e neste momentos lembro da passagem de um livro que li quando adolescente: “ Como não tenho lágrimas, adotei os pingos de chuva que caiam no peitoril da janela para umedecer a ardência do meu sofrimento”.Adalgisa Nery – Neblina. Espero que meus olhos não sequem nunca. Acho que pelo menos posso ter este direito.