quinta-feira, novembro 29, 2007

Tudo foi muito importante


Estou tendo uma imensa dificuldade de eleger uma atividade em especial para definir como a mais marcante no processo do meu aprendizado e determinante no meu crescimento profissional e pessoal. Como expus no encontro de quarta-feira, desde o começo do curso vinha sentindo mudanças no meu plano pessoal, tais como mais segurança, certeza das minhas convicções, confiança nos meus antigos ideais de que o importante era desenvolver na criança a auto-estima para que ela alcançasse desenvolver todo o seu potencial de modo que pudesse fazer parte de modo atuante na sua comunidade. Além disto com o tempo fui me munindo de argumentos definidos por educadores e especialistas de modo que as minhas idéias ficassem alicerçadas em teorias bem fundamentadas. Todo o trabalho desenvolvido no curso, desde a aquisição dos novos conhecimentos das tecnologias, conhecimento do comportamento humano, das relações de poder, da educação através da história, e ultimamente as fascinantes interdisplinas que nos fizeram reviver com alegria a nossa infância e nossos primeiros anos de escola serviram para me aproximar mais das crianças que me foram confiadas este ano para que eu buscasse desenvolver e despertar um estágio nas suas vidas de conhecimentos e habilidades. O melhor de tudo é que conforme as mudanças aconteciam no meu plano pessoal, no meu interior, ao redor as coisas também iam se transformando. Mudei minha maneira de absorver as histórias infantis, mudou minha maneira de transmiti-las, mudou o interesse das crianças por elas; transformou a minha visão de uma aula de artes, alterou a minha forma de ministrá-la. O resultado da criança foi outro, mais crítico, mais criativo. Aula de música é saber o ritmo, o compasso, temos que marcar o tempo para não perder o ritmo... Canções com mais alegria, segurança, mais freqüência. Aprendi a movimentar e usar o corpo para dar definições de expressões em sala de aula, o que as crianças passaram a copiar e cada vez mais se comprova que se ensina muito pelo exemplo.E o que pode ser mais fascinante do que criar. Criar com a tecnologia fazendo uma apresentação de PPS, com música, sem música, com ilustrações, sem ilustrações? Ou quem sabe fazer um boneco de caixa de leite com cabelos de lã e dentinhos de canjica? Ou mesmo um jogo de dominó gigante com as mesmas caixas de leite ou quem sabe caixas de fósforo? Enfim, quando se trata de criar tudo é possível. Até mesmo um caderno coletivo com os pensamentos mais bonitos achados por toda a turma e feito a sessenta mãos enfeitado com flores e corações.

Quase sem perceber























Por ocasião da minha ida ontem ao Pólo para ouvir informações sobre o “Portifólio de Aprendizagens” pude compreender que muitas coisas que fazemos e que às vezes nos parecem pequenas e óbvias, na verdade são ótimos subsídios para comprovarmos o quanto estamos evoluindo em nossa autonomia, no nosso crescimento pessoal e profissional. Contava ao grupo que com a ajuda de um técnico, também um educador, havia colocado uma placa de vídeo no computador da sala de aula e desta forma, tudo que era trabalhado no monitor, também podia ser passado na televisão ficando mais acessível para a visualização das crianças da sala. Desta forma o trabalho executado no PC chegava quase que instantaneamente para as crianças, permitindo uma melhor interação nas elaborações dos trabalhos. Para mim, estes procedimentos, no momento que idealizados e adquiridos como possíveis, tornaram-se tão óbvios que nem poderiam se cogitar de ser diferente. Isto, porém, era na minha mentalidade que já “viajava”, buscando outras possibilidades como colocar uma placa no notebook, adquirir uma televisão com tela maior, colocar a televisão em um ponto de melhor visualização para as crianças e assim por diante.
Conversando no grupo tive a grata satisfação de sentir que o começo de tudo já havia sido um sinal de transformação, pelos comentários das professoras.
Percebo realmente que tenho uma fascinação pela tecnologia e que não existe mais volta; é este o nosso futuro presente, acho que as nossas crianças devem estar em contato com estes meios de comunicação e informação. Mas, mesmo com todo este meu fascínio, não abro mão do ensinar a costurar, pregar botão, cortar papel, colar, fazer brinquedos, jogos, enfim, todas aquelas coisas gostosas de fazer sentados no chão, cheio de material em volta, conversando e se divertindo ao mesmo tempo em que estão criando. Talvez seja este o maior desafio do educador atual. Transitar entre o tradicional e o novo.

sábado, novembro 24, 2007

O "Contar Histórias"

No dia 19 foi o momento de “Contação de Histórias”. Foram horas de reviver alegres momentos de minha infância em que encantada ouvia histórias de minhas professoras imaginando estar no lugar daquelas personagens como se conseguisse sair da minha realidade e me transportar para um mundo totalmente do faz-de-conta onde tudo era possível de se realizar e que não existiam obstáculos que não pudéssemos vencer nas nossas aventuras. Compreender o “contar histórias” me deu instrumentos para me aproximar cada vez mais dos meus alunos e proporcionar para eles instantes em que podem viver em mundos fantásticos onde tudo que é bom existe, que tudo é possível de ser feito e que na brincadeira do faz-de-conta buscamos formas de convivermos com a realidade e de ainda termos esperanças de modificá-la.
Uma das primeiras vezes que contei histórias para as crianças foi a história “O pássaro da Alma” de Michal Snunit. É uma história bastante singela, mas com muito significado. O brilho de interesse dos olhos de meus alunos me fascinou. Tinha a impressão de que eles estavam enxergando aquilo que eu contava para eles ao mesmo tempo em que tentavam desvendar o que acontecia dentro de suas próprias almas. Foi uma experiência única, pois consegui expor muito da minha sensibilidade para contar a história e ao mesmo tempo vivenciá-la. Foi um momento bastante reflexivo com o fechamento de que eles deveriam desenhar o que eles imaginavam ser a alma deles e após expor para os colegas a justificativa do desenho.
Como foi descrito pela profª Suyan Pires quando fez o comentário do nosso grupo sobre a atividade cinco de Literatura, através das histórias, nossa própria vida pode ser entendida “como uma história – sucessão de acontecimentos e emoções”. E por outro lado nossa identificação com os sentimentos dos personagens pode relacionar as histórias “como alimento da imaginação humana: na vida real, os fatos se sucedem rotineiramente; na história, ao contrário, tudo é possível. Inexistem barreiras entre fantasia e realidade”.
Além de todas estas vantagens neste tipo de trabalho, foi um momento de encontro e de trocas de um grupo que parece estar sempre distante, mas que graças a este curso à distância encontra-se cada vez mais unido pelos seus objetivos e ideais.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Aula de música

No dia 10 de novembro foi nos oportunizado um momento de aprendizagem muito gratificante. Foi quando tivemos aula de “Música na Educação”. Forma de ministrarmos as aulas de música foi apresentada pela professora Cristina de uma maneira entusiasmada e bastante simples contagiando a todos. Gostei tanto que já trabalhei os exercícios com meus alunos e gostaram tanto que conseguiram fazer corretamente depois de várias tentativas e ainda pediram para repetirmos outras vezes. Já estou preparando uma aula sobre a MPB, principalmente sobre Pixinguinha. Tenho dado a eles oportunidade de escutarem em sala de aula os ritmos que eles gostam e em outros momentos coloco outros ritmos para que eles conheçam. Tem sido uma troca bastante proveitosa, pois eles demonstram curiosidade perguntando os nomes de músicas, autores, cantores e época das mesmas, comentando inclusive ocasiões em que ouviram em alguma oportunidade. É uma turma que gosta muito de música e de cantar. Na época do Dia dos Professores, sugeri que eles fizessem uma homenagem aos professores da Escola cantando a versão da música Ao Mestre com Carinho. Aprenderam rápido e apresentaram de maneira bastante entusiasmada e com bastante consciência da letra que estavam cantando, pois conversamos longamente sobre o sentido da letra e o papel do Professor. Enfim, tem sido muito gostoso os momentos que trabalhamos música na sala de aula. É um momento de aproximação entre todos. Infelizmente quando cursei o magistério este tipo de trabalho não me foi passado. Cada vez fico mais feliz de estar fazendo este curso.

sábado, novembro 17, 2007

Postagem "Relato de Experiências " Respondendo

Respondendo a questão levantada pela tutora Daiane, considero o Blog e todas as TICs importantes para o nosso curso e aprendizagens pois são através delas que conseguimos nos conhecer e comunicar, tendo em vista ser um curso de EAD. Tenho a dizer também, que por ser assim, consegui uma melhor comunicação com meus colegas e professores. Este aspecto abordei nos comentários da atividade do SI da semana 22/10 a 28/10 sobre o filme “12 homens e uma sentença” a qual fiz referência, na postagem "Conscientização", comparando a situação dos jurados perante a decisão e a minha resposta quanto a colocações feitas a mim em blog, e-mail, comentários do Rooda, enfim análises de trabalhos executados. Um forte exemplo disto ocorreu quando em uma postagem “Tristes Verdades” , a professora Bea me lembrou de atitudes que não estão de acordo com a minha tarefa de educador. Estamos aqui para estar e incluirmos nossos alunos em um contexto e que devemos achar soluções para que se realizem mudanças e não fugirmos ou nos isolarmos da realidade por mais difícil que seja.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Postagem do Blog Relato de Experiências

A postagem que escolhi é de autoria da Profª Gládis Leal dos Santos, professora-coordenadora da Sala informatizada do Centro de Atendimento Integrado à Criança “Professor Mariano Costa”. Esta escola faz parte da Rede Municipal de Joinville, no Estado de Santa Catarina e a sala informatizada atende cerca de 1000 alunos semanalmente de 06 anos à 8ª série. Dados estes que busquei através dos links disponibilizados na postagem.

Na postagem a professora coloca de acordo com o título da mesma as experiências em softwares sociais que se constituem dos blogs Copa 2006 e Palavra Aberta, o podcast Rádio Web , o uso do chat acrescentado do mecanismo do Gabbly, além do Wiki para a elaboração do projeto,todos com links. As evidências do sucesso do projeto estão no tempo em que estão funcionando os blogs, o fato de um dos blogs ter sido feito colaborativamente com outras escolas e estar sendo usado como fonte de pesquisa de outras. O trabalho sendo visitado e comentado pelos visitantes. A implantação de novos mecanismos da Internet e a adesão de novos alunos na participação de chats com outras escolas e ainda a compreensão da função social da escrita. Através destas informações ela está argumentando evidências constatadas por ela do entusiasmo, espírito colaborativo, compreensão por parte dos alunos da importância da escrita e dos meios tecnológicos para a ampliação do meio social e a ampliação de horizontes e perspectivas para os mesmos.

O fato dos projetos estarem sendo duradouros comprova o real interesse e entusiasmo dos alunos. O blog realizado em conjunto com outras escolas mostra o sentido social das tecnologias principalmente a partir do momento em que mais escolas buscam a pesquisa nele. A participação intensa no blog Palavra Aberta revela a necessidade de comunicação e ao mesmo tempo desenvolve o aperfeiçoamento da escrita dos educandos. Usando as várias possibilidades de tecnologias da comunicação, os alunos estão ampliando as suas possibilidades de comunicação e ao mesmo tempo integrando-se ao meio social.

Para mim, ficaram claro os resultados e porque ela considerou-os positivos. Entendo que ela proporciona nesta postagem todos os dados que eram necessários para fazer uma análise do que ela transmitiu.

Porém, no final da postagem. ela definiu como um trabalho lento o desenvolvimento de competências do professor e do aluno. Não considerei lento o trabalho realizado com os alunos e com os professores em relação à resistência já não pude avaliar.

domingo, novembro 11, 2007

Dúvidas




Toda a atividade proposta tem um objetivo. Nada pode ser mais claro.

Porém me pergunto, se a forma como deve ser executada, leva em consideração as condições físicas, sociais e espaciais daqueles a quem são propostas.

Apesar de por um lado ser negativo encontro o lado positivo a partir do momento em reflito sobre o meu trabalho em sala de aula. Que tipo de atividade estou propondo aos meus alunos. Será que é a forma ideal de atingir os meus objetivos? Não estou dificultando ou quem sabe complicando uma tarefa que poderia ser mais prazerosa?

Conscientização

Material para o Portfólio

Mudança de atitude

sábado, novembro 10, 2007

Conscientização 2



A primeira releitura que fiz do quadro de Velásquez “As meninas” foi a que estou expondo acima.

Por que mudei ?

Uma questão de interpretação da atividade. A princípio achava que deveria desenhar o quadro como eu via e o que eu via era uma situação de meus alunos no meio em que vivem e transportei todas as personagens do quadro para esta realidade.

Depois influenciada por conversas com colegas entendi que deveria desenhar o que o artista estaria observando para estar pintando o quadro.

De certa forma perdi qualidade com esta mudança e aprendi que a primeira leitura de uma obra deve ser mantida até mesmo para nos mantermos fiéis as nossas idéias.

Certo ou Errado, quem sabe?


sexta-feira, novembro 02, 2007

Novas reflexões - Somos a energia

O meu objetivo nesta postagem não é fazer críticas, mas sim, expor minhas impressões sobre o porque das dificuldades que encontro de acompanhar de maneira plena este curso de Pedagogia. As razões de estar fazendo uma graduação com a minha idade são de ordem pessoal e não posso mudar uma vida e nem escolher como a quero. Nos é dada uma situação, fazemos opções e colhemos os frutos de nossas escolhas.

A carga horária a que somos submetidas em nosso trabalho devo dizer que também é uma opção. Ninguém é obrigado a trabalhar, pois há muito tempo foi abolida a escravidão no Brasil (exceto em alguns casos que esporadicamente é noticiado na imprensa). Escolhi uma profissão que realmente queria, desejava e não me arrependo por isto e é uma profissão que me exige dedicação, pois jamais seria capaz de me considerar uma educadora se não me dedicasse com o coração a ela.
Procurei, batalhei e estou fazendo este curso com muito orgulho e carinho a ele e vou manter este objetivo, pois estou chegando a algumas conclusões felizes, pelo menos para mim. Retomando na minha memória desde o início do caminho percebi que cada professor tem na sua disciplina um filho único e querido que precisa ser apresentado em todas as suas potencialidades e facetas e o tempo é muito curto. Como crianças afobadas em contar as alegrias e novidades de um passeio dando ênfase aquilo que fizeram de melhor estamos professores e alunos-professores nos bombardeando de informações e criatividade com pouco tempo para absorvermos tantas novidades e as elaborarmos. Notei isto principalmente agora neste semestre onde estamos tratando disciplinas que envolvem muita sensibilidade e criatividade e quando usamos estas duas qualidades extremamente ternas e admiráveis nossas mentes não possuem limites, ou melhor, não se dão limites. Da mesma maneira em que no semestre anterior trabalhar a mente e o comportamento aconteceram dificuldades, pois precisávamos primeiro conhecer-nos a nós mesmos e isto leva tempo... Muito tempo...
Tudo isto estou considerando como positivo nesta caminhada porque chego a uma conclusão maravilhosa: Este rumo que tomamos não tem final de jornada e como diz o velho Sócrates* do posto de gasolina: “A felicidade está na jornada e não no objetivo final”. Esta jornada tem sido árdua, preocupante, mas extremamente gratificante, pois tem se tornado cada vez mais motivação de novas buscas e novas descobertas. Enfim estou, atualmente, considerando o desejo de passar ensinamentos e experiências como professores e a ansiedade de aprender cada vez mais como alunos, a melhor solução de energia para o mundo.

* Dan Millman- O caminho do Guerreiro Pacífico – Pensamento,1992,São Paulo