segunda-feira, agosto 27, 2007

Recordando...

Tempo livre...
Tempo de pensar
Tempo de fazer uma retrospectiva na minha vida
Como estão os meus sonhos...

sexta-feira, agosto 24, 2007

Fim de semestre...

Fim de semestre... Hora de fazer um balanço do que tem sido estudar para mim. Falo em fazer um balanço do Estudar por ser uma novidade da minha rotina de anos.
Tem sido para mim uma experiência gratificante. Conhecer outras pessoas quase com as mesmas expectativas que eu, pois depois de anos a possibilidade de enfim conseguir fazer uma graduação se tornou uma prioridade. Oportunidade que talvez não venha mais a acontecer. Também entendo que talvez as coisas aconteçam na vida da gente no momento certo. Toda esta movimentação de aprendizagem dá um novo vigor na minha vida, pois cheguei a acreditar que nada de extraordinário mais estava reservado para mim. A familiarização com as tecnologias, as novas formas de comunicação, as possibilidades de criação que este tipo de curso me proporcionam rejuvenescem todos os meus hábitos concretizando sonhos de aperfeiçoamento e atualização do trabalho que escolhi para trilhar.
Tenho encontrado pessoas com valores que acreditava extintos, como o dom da solidariedade, força de vontade, persistência e capacidade de errar e tentar de novo para acertar. Muito do que vivencio tenho transmitido para os meus alunos, mostrando para eles que nunca se deve desistir além de poder desenvolver e recuperar com eles uma boa parte da história de suas origens. Além disto a possibilidade de conscientização da grande influência que exerço sobre eles através do meu comportamento e do meu emocional e é claro, não deixando de lembrar as circunstâncias que são influências para que eles estejam prontos para a aprendizagem.
Recebi neste semestre um presente através do carinho e dedicação de tutoras e professoras que com sensibilidade foram solidárias com as minhas angústias, dúvidas e inseguranças e as quais serei sempre agradecida.
Compartilhei momentos de alegria e descontração com colegas que passaram a fazer parte de minha vida mesmo que esporadicamente ou virtualmente.
Enfim, posso dizer que sou uma pessoa muito feliz por ser aluna deste curso à distância da Ufrgs e realizada por constatar que o curso à distância é um curso onde as máquinas são um elo de calor humano e cultivo de grandes amizades.

domingo, agosto 19, 2007

É Difícil...



Realmente preciso melhorar a minha produção textual. Não tenho conseguido expressar exatamente aquilo que estou pensando. Estou sendo mal interpretada e por conseqüência termino me frustrando por tomar iniciativa. Provavelmente vou ficar mais um tempo sem dar minhas opiniões até conseguir argumentar e expor as coisas que eu penso de forma mais compreensível e transparente para todos.

domingo, agosto 12, 2007

Avaliação

Pensando sobre a avaliação de quarta-feira, alguma coisa gostaria de deixar aqui registrada.
Acho indispensável termos a capacidade de nos expressar através de questões dissertativas ou de síntese nossas opiniões, conhecimentos e experiências. Porém, falando pessoalmente encontro algumas dificuldades visto que não adquiri o hábito porque assim nunca me foi cobrado. Elaborar o pensamento e transformá-lo em palavras por vezes também me é difícil.Já percebi que é preciso praticar mais esta técnica tão necessária na nossa comunicação. Com os aluno fica tudo mais fácil, pois precisamos ser claros e didáticos e utilizar o vocabulário que os atinja, mas tenho consciência que em nível de graduação as necessidades são outras.
Outra coisa que na condição de aluna venho expor é o fato de não termos a oportunidade de conhecer exatamente ou quase o que os professores desta interdisciplinas estavam esperando. Julgo importante que se estabeleça um tipo de relação onde convivendo com uma pessoa conheçamos as suas expectativas em relação a nós e senti que faltou mais trabalho deste tipo para que conseguisse chegar ao pretendido. Imperioso dizer que a falta de mais tempo para desenvolver com mais tranqüilidade os conteúdos se fez e além
desta, a necessidade de um outro professor colaborar de forma muito ativa para esclarecimentos interrompeu este relacionamento.
De qualquer forma os e-mails através da lista de discussão foram bastante construtivos e a experiência que adquiri sobre a necessidade de estreitar o relacionamento com os meus alunos para que consigam com mais facilidade chegar ao conhecimento, mostrou-me que a minha postura e atitude como educadora está certa.
Gostaria também de registrar minha admiração pelo empenho dos professores para administrar o tempo para tanto conteúdo e o domínio e conhecimento dos mesmos.

Talento

É simplesmente fantástico! Vale esperar até o fim.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Que não se torne banalidade


"Nós vos pedimos com insistência:
Nunca digam - Isso é natural
Diante dos acontecimentos de cada dia,
Numa época em que corre o sangue
Em que o arbitrário tem força de lei,
Em que a humanidade se desumaniza
Não digam nunca: Isso é natural
A fim de que nada passe por imutável."

Desconheço o autor
Importante seria se as pessoas encaressem o que diz este poema como uma verdade, como um lema a ser seguido pois atualmente com tanta violência estamos nos arriscando a torná-la uma banalidade.

Antiguidades tão modernas


NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI

Eduardo Alves da Costa

Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakovski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.
Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite,
já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.
Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne a aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar,
que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.
Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.
E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!

Talvez não entendam o porquê de eu estar postando este poema, mas como na postagem anterior, é cometido um engano de autoria.No Caminho com Maiakovski a autoria pertence a Eduardo Alves da Costa e não Maiakovski.
Para saber mais clique aqui.

sábado, agosto 04, 2007

Sinto vergonha de mim

Por Cleide Canton
Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância em esquecer
a antiga posição de sempre "contestar",
voltar atrás e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
***
"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto". (Rui Barbosa)
Estas palavras ditas por uma professora unidas às palavras de Rui Barbosa demonstram a frustação de muitos educadores que após tantas lutas pela educação vêem seus esforços não correspondidos.
Foram tantas lutas, tantos movimentos pelo que se achava melhor para a educação de um povo e sempre esbarrando no jogo de interesse e poder. Tanto que se tenta passar dentro da sala de
aula buscando o que se acha que é melhor para os pequenos no futuro e estamos sempre com a concorrência da malandragem, do oportunismo, de interesses do governo e até mesmo de próprios "colegas".