sexta-feira, novembro 02, 2007

Novas reflexões - Somos a energia

O meu objetivo nesta postagem não é fazer críticas, mas sim, expor minhas impressões sobre o porque das dificuldades que encontro de acompanhar de maneira plena este curso de Pedagogia. As razões de estar fazendo uma graduação com a minha idade são de ordem pessoal e não posso mudar uma vida e nem escolher como a quero. Nos é dada uma situação, fazemos opções e colhemos os frutos de nossas escolhas.

A carga horária a que somos submetidas em nosso trabalho devo dizer que também é uma opção. Ninguém é obrigado a trabalhar, pois há muito tempo foi abolida a escravidão no Brasil (exceto em alguns casos que esporadicamente é noticiado na imprensa). Escolhi uma profissão que realmente queria, desejava e não me arrependo por isto e é uma profissão que me exige dedicação, pois jamais seria capaz de me considerar uma educadora se não me dedicasse com o coração a ela.
Procurei, batalhei e estou fazendo este curso com muito orgulho e carinho a ele e vou manter este objetivo, pois estou chegando a algumas conclusões felizes, pelo menos para mim. Retomando na minha memória desde o início do caminho percebi que cada professor tem na sua disciplina um filho único e querido que precisa ser apresentado em todas as suas potencialidades e facetas e o tempo é muito curto. Como crianças afobadas em contar as alegrias e novidades de um passeio dando ênfase aquilo que fizeram de melhor estamos professores e alunos-professores nos bombardeando de informações e criatividade com pouco tempo para absorvermos tantas novidades e as elaborarmos. Notei isto principalmente agora neste semestre onde estamos tratando disciplinas que envolvem muita sensibilidade e criatividade e quando usamos estas duas qualidades extremamente ternas e admiráveis nossas mentes não possuem limites, ou melhor, não se dão limites. Da mesma maneira em que no semestre anterior trabalhar a mente e o comportamento aconteceram dificuldades, pois precisávamos primeiro conhecer-nos a nós mesmos e isto leva tempo... Muito tempo...
Tudo isto estou considerando como positivo nesta caminhada porque chego a uma conclusão maravilhosa: Este rumo que tomamos não tem final de jornada e como diz o velho Sócrates* do posto de gasolina: “A felicidade está na jornada e não no objetivo final”. Esta jornada tem sido árdua, preocupante, mas extremamente gratificante, pois tem se tornado cada vez mais motivação de novas buscas e novas descobertas. Enfim estou, atualmente, considerando o desejo de passar ensinamentos e experiências como professores e a ansiedade de aprender cada vez mais como alunos, a melhor solução de energia para o mundo.

* Dan Millman- O caminho do Guerreiro Pacífico – Pensamento,1992,São Paulo

2 comentários:

Miro disse...

E nesta jornada árdua, os anos vão passando e os aniversários acontecendo. Acho até que tu já me passou...ehehehe!!!!! Tdo de bom mana, melhor de ÓTIMO. Carinho , beijos, saúde, alegrias sem fim e é claro $$$$$$$$$$$$$$$. Desculpe um pouco de atraso, é a idade.

Rosária disse...

Oi Neusa. Este teu depoimento reforça toda seriedade e competência, que demontras no curso e na tua escola, ao longo destes meses em que convivemos. Saiba que te admiro muito e que essas "escolhas" que fazemos em nossa VIDA não são por acaso. Um forte abraço. Rosária