sábado, junho 23, 2007

O que é ter infância?


Estivemos no pólo, nesta quarta-feira, para assistirmos a primeira aula de mais duas interdisciplinas deste semestre: Escolarização, espaço e tempo na perspectiva histórica e
Infâncias de 0 a 10 anos.
Como já comentei das outras vezes tenho um gosto todo especial por estas aulas presenciais. Considero um momento de explosões de idéias onde sempre fica algo para depois, fazendo com que aquilo que não ficou definido ou conceituado nos impulsione para a busca da solução. A partir daí renova o ciclo: atividade – Rooda – texto – Skipe – e-mail – pesquisa – Internet – e-mail – Skipe - fórum – Rooda – e-mail – Skipe – postagem – Rooda – e-mail – Skipe e neste meio com contratempos que a tecnologia nos apronta descobrimos alguma coisa nova e então é uma nova onda de e-mails para passar a novidade. Em outra oportunidade falarei mais sobre as nossas aulas presenciais, pois elas são muito ricas em conteúdo como pessoas. Neste momento não sei como definir com palavras o que me vem no pensamento.
O que é importante dizer no momento é o que ficou marcado para mim quando foi dito no final da aula, que iríamos definir que tipo de infância que estávamos trabalhando.
Este pensamento me acompanhou e está me acompanhando o tempo todo.
Mais ainda, será que este tipo de vida (se é que se pode chamar de vida) que essas crianças levam pode-se chamar ter infância?
Esta última semana tenho me sentido bastante aflita com a ansiedade dos meus alunos em sala de aula. Morando em uma região de conflito e violência fica difícil e confuso nas cabecinhas deles muitas das coisas que tentamos lhes passar na Escola e mais ainda na minha cabeça se o que estou fazendo:" é certo ou é errado"?

10 comentários:

ROSAURA KARST disse...

Bom Dia!
Neusa

Quando a professora falou de escolas de periferia eu entendi que são escolas de crianças com poucas condições em todos os aspectos que muitas vezes desconhecemos mesmo tendo várias anos de convivência com elas.
Quando assisti o filme "Ilha das flores" levei um choque, pois não conhecia aquela realidade tão próxima de nós.
Mas vamos tentar através da educação mudar este e muitos ou quadros tão dramáticos.
Bom final de semana.
Beijos

biapedag.blogspot.com disse...

Oi, Neusa!Sabe...tua postagem me fez recordar de uma pessoa que não vejo há anos: um professor e psicólogo chamado Ricardo Castro. Ele vinha, ocasionalmente, do Rio para fazer formações conosco. Uma das coisas que sempre dizia é que "a gente pode não conseguir mudar a vida de nossos alunos...a vida em família, a vida na comunidade...mas podemos fazer o melhor ao nosso alcance". Descobrir até onde vai o "nosso alcance" é uma tarefa, por vezes, difícil. Mas um desafio e, por consequência, uma grande satisfação. Em uma realidade que, muitas vezes, observamos colegas mais preocupadas com "conteúdos a vencer"tu, Neusa, significas a verdadeira imagem de uma profissional competente e centrada no verdadeiro foco: o aluno. Tenho a certeza de que teus alunos sabem que podem contar contigo. E isso, minha amiga, é maravilhoso! Parabéns!!! Beijos.

Daiane Grassi disse...

Olá Neusa, fico muito feliz que estejas "incomodada"... Pior seria se você estivesse achando "tudo bem" ou... "não adianta fazer nada" ... "é assim mesmo" ... "o país é pobre" ... "eu sou apenas uma" ... É através da incomodação que geramos alguma ação, alguma analise crítica! Te pergundo: o que você está fazendo para "melhorar" ou acalmar a tua inquietação? Aguardo retorno, ok?!´[]s - Daiane

Anônimo disse...

Oi Neusa!
Fiquei muito indisposta por conta do abafamento da quarta feira passada e não tive ânimo para ir á aula,mas estou bem agora.Adoro frio!!!Obrigada pelo carinho.Um beijo ENORME e boa semana prá vc tbém.Luciene

Luciene Sobotyk disse...

Xii!Saí anônima....

Luciene Sobotyk disse...

Passei prá te deixar um beijão!Saudades de vc! Luciene

Miro disse...

Oi maninha! Apesar de não deixar comentários, há bastante tempo venho acompanhando teus escritos. Ninguém melhor que você para saber que para vencermos as dificuldades, precisamos aprender a lidar com vitórias e derrotas, alegrias e tristezas. Prometo maior assiduidade não só nas "visitas" mas também nos "coments". Carinho e beijos.
Miro

Kátia Diehl. disse...

Oi Neusa ! Compreendo bem esta sensação de " estar remando contra a maré " ! A vida está muito difícil, são tantos absurdos acontecendo, que de fato eu também fico em dúvida .. se estou ajudando ou atrapalhando a vida das crianças ! Mas tenho certeza que você com este enorme coração, dá muito carinho e amor aos teus alunos e... ser amado na infância ou na pseudo-infância faz a diferença !!!
Um lindo final de semana !
Beijos !
Kátia Diehl.

Miro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miro disse...

Agora com mais calma, neste mesmo post vou deixar outro coments, pode ter certeza que não é para compensar todas as vezes que "visitei" e não deixei nada.
Quando falas em certo e errado, vem a lembrança uma pergunta que o "filhote" me fez quando tinha seus quatro ou cinco anos: "Pai, o que é certo e o que é errado?" (Criança pergunta cada coisa...!!!!). Refleti por alguns instantes e entendi que minha resposta poderia determinar muitas atitudes dele no futuro. Acredito que abençoado pelo Patrão Velho, cheguei a esta resposta:
"Filho, CERTO é tudo aquilo que tu faz ou deixa de fazer e não prejudica nem a ti e nem aos outros, ERRADO é tudo aquilo que tu faz ou venha deixar de fazer e possa prejudicar a ti ou aos outros".
Não tenho bem certe do autor (acho que Marthim Luther Kin) "O triunfo do mal, ocorre pelo silêncio dos bons".
Acho que deu prá entender....
Carinho e beijos maninha.