
sábado, dezembro 08, 2007
Voltando a sonhar

segunda-feira, dezembro 03, 2007
União das forças

Com a escolha da história de Noel Rosa, pude aplicar meus conhecimentos das TICs, teatro, música, contação de histórias e ludicidade. Foi um momento de descontração, alegria e conhecimento para mim e para as crianças.
Esta aula e a apresentação do teatro estão em Atividades de minha sala de aula no meu Wiki.
Comecei a atividade, apresentando a história de Noel Rosa através da apresentação do PPS “No Botequim com Noel”. Para isto utilizei o computador e a televisão para que todos acompanhassem a história. Depois de contar a história com o auxílio do PPS, distribui cópia da letra da música “Conversa de Botequim” para todos e em seguida apresentei três interpretações da música. A do disco do livro cantada por crianças, um clipe do Chico Buarque de Holanda gravada na Confeitaria Colombo e outro clipe da Maria Rita em um programa de televisão “Som Brasil”. Gostaram mais da Interpretação do disco cantada por crianças. Cantamos um pouco a música e apresentei para ele um pouco mais da história de Noel Rosa com conteúdo retirado de http://www.mpbnet.com.br/musicos/noel.rosa/ site MPB NET. Conversamos sobre a história dele e fizeram perguntas como o que era botequim, sobre o porque que as pessoas morriam de tuberculose antigamente e outras curiosidades que não estão acostumados a debater.
Num segundo momento voltamos a cantar a música desta vez tentando colocar o passo com ela. Divertiram-se muito, pois não estavam acostumados a me ver cantando e dançando com eles. Isto os entusiasmou muito e ao mesmo tempo me deixou muito à vontade. Continuamos por algum tempo tentando acertar os passos e os ritmos de todos. Por fim deixamos para continuar mais tarde em um outro dia.
Em outro momento iniciei a aula apresentando o vídeo onde aparece o “Bando de Tangarás” grupo que Noel Rosa fazia parte cantando a música “Vamos Fallá do Norte” produzido por Benedetti-Film ( http://www.youtube.com/watch?v=o03cJMg8SaE ) e após voltamos a tentar acertar o trabalho com o passo. Não ficou perfeito, mas eles já apresentaram consideráveis melhoras. Ainda sugeri que ele tentassem batucar levemente na classe uma batida que acompanhasse a música. Faziam sons com as mãos, com os lápis e réguas e incrivelmente alguns demonstraram ter bastante ritmo para acompanhar e não se perder no meio da música enquanto outros demonstraram muita dificuldade.
Foi tudo novo e divertido para eles que ficaram esperando que eu levasse mais novidades para eles.
A última tarefa foi transformar a letra da música “Conversa de Botequim” em uma historinha em quadrinhos. Esta tarefa foi feita ao som da música e alguns cantarolavam juntos.
Para mim esta experiência foi muito gratificante. Sempre gostei de música e desde que havia entrada nesta Escola, no Estado, não havia trabalhado especificamente com música com as crianças. Este ano passamos o ano todo aprendendo novas músicas e cantávamos pela simples satisfação de cantar. Com estes novos subsídios pude enriquecer consideravelmente as minhas aulas além de dar um maior sentido e razão para elas. As crianças demonstraram que têm muita curiosidade sobre tudo que se refere ao passado em todos os assuntos. Tiveram outra visão das músicas ditas por eles, “ultrapassadas”, pois saiam da sala de aula cantarolando e notei principalmente que o exercício para fazer o passo permitiu para eles um exercício de atenção e concentração, pois precisavam ficar atentos ao ritmo e para isto precisavam principalmente saber ouvir.
Exercícios Teatrais
Considerei a melhor parte deste trabalho os momentos de preparação. Momentos em que aprendi muito das crianças, de seus desejos, de seus pensamentos. Através das expressões e movimentos em cena conheci segurança e insegurança dos alunos, ansiedades e satisfações de fazerem parte de algo que era importante para a comunidade.
Tive oportunidade de trabalhar com eles alguns jogos de Viola Spolin, retirados do fichário de Jogos Teatrais*, como “Conversação em Três Vias” e “Modificando a Emoção” com os quais eles se identificaram no momento da apresentação. Mantiveram desenvoltura no espaço da apresentação improvisando movimentos criativos sob o comando: “Façam como se estivessem zelando e cuidando do Planeta, da Mãe Terra”. Conseguiam prestar atenção nas ordens dadas para a representação e de certa forma combinar com os colegas para o movimento não ser repetitivo e tampouco sobressair aos demais colegas. Também apresentaram bons resultados por ocasião das cenas que de repente tinham que mostrar medo através das expressões faciais e corporais, passar da tristeza para alegria, da repentina alegria para tranqüilidade de um problema solucionado.
* Jogos Teatrais de Viola Spolin- Para melhor melhor uso e funcionalidade na prática de sua aplicação, Viola Spolin fez uma seleção especial de jogos teatrais, dispostos em fichas separadas em uma caixa, servindo ao trabalho em sala de aula. Através de Jogos Teatrais: o Fichário de Viola Spolin, professores e alunos podem viver a experiência teatral, com grande benefício para seu ensino e aprendizado.
quinta-feira, novembro 29, 2007
Tudo foi muito importante

Quase sem perceber

Conversando no grupo tive a grata satisfação de sentir que o começo de tudo já havia sido um sinal de transformação, pelos comentários das professoras.
Percebo realmente que tenho uma fascinação pela tecnologia e que não existe mais volta; é este o nosso futuro presente, acho que as nossas crianças devem estar em contato com estes meios de comunicação e informação. Mas, mesmo com todo este meu fascínio, não abro mão do ensinar a costurar, pregar botão, cortar papel, colar, fazer brinquedos, jogos, enfim, todas aquelas coisas gostosas de fazer sentados no chão, cheio de material em volta, conversando e se divertindo ao mesmo tempo em que estão criando. Talvez seja este o maior desafio do educador atual. Transitar entre o tradicional e o novo.
sábado, novembro 24, 2007
O "Contar Histórias"

Como foi descrito pela profª Suyan Pires quando fez o comentário do nosso grupo sobre a atividade cinco de Literatura, através das histórias, nossa própria vida pode ser entendida “como uma história – sucessão de acontecimentos e emoções”. E por outro lado nossa identificação com os sentimentos dos personagens pode relacionar as histórias “como alimento da imaginação humana: na vida real, os fatos se sucedem rotineiramente; na história, ao contrário, tudo é possível. Inexistem barreiras entre fantasia e realidade”.
Além de todas estas vantagens neste tipo de trabalho, foi um momento de encontro e de trocas de um grupo que parece estar sempre distante, mas que graças a este curso à distância encontra-se cada vez mais unido pelos seus objetivos e ideais.
sexta-feira, novembro 23, 2007
Aula de música

sábado, novembro 17, 2007
Postagem "Relato de Experiências " Respondendo

quinta-feira, novembro 15, 2007
Postagem do Blog Relato de Experiências
A postagem que escolhi é de autoria da Profª Gládis Leal dos Santos, professora-coordenadora da Sala informatizada do Centro de Atendimento Integrado à Criança “Professor Mariano Costa”. Esta escola faz parte da Rede Municipal de Joinville, no Estado de Santa Catarina e a sala informatizada atende cerca de 1000 alunos semanalmente de 06 anos à 8ª série. Dados estes que busquei através dos links disponibilizados na postagem.
Na postagem a professora coloca de acordo com o título da mesma as experiências em softwares sociais que se constituem dos blogs Copa 2006 e Palavra Aberta, o podcast Rádio Web , o uso do chat acrescentado do mecanismo do Gabbly, além do Wiki para a elaboração do projeto,todos com links. As evidências do sucesso do projeto estão no tempo em que estão funcionando os blogs, o fato de um dos blogs ter sido feito colaborativamente com outras escolas e estar sendo usado como fonte de pesquisa de outras. O trabalho sendo visitado e comentado pelos visitantes. A implantação de novos mecanismos da Internet e a adesão de novos alunos na participação de chats com outras escolas e ainda a compreensão da função social da escrita. Através destas informações ela está argumentando evidências constatadas por ela do entusiasmo, espírito colaborativo, compreensão por parte dos alunos da importância da escrita e dos meios tecnológicos para a ampliação do meio social e a ampliação de horizontes e perspectivas para os mesmos.
O fato dos projetos estarem sendo duradouros comprova o real interesse e entusiasmo dos alunos. O blog realizado em conjunto com outras escolas mostra o sentido social das tecnologias principalmente a partir do momento em que mais escolas buscam a pesquisa nele. A participação intensa no blog Palavra Aberta revela a necessidade de comunicação e ao mesmo tempo desenvolve o aperfeiçoamento da escrita dos educandos. Usando as várias possibilidades de tecnologias da comunicação, os alunos estão ampliando as suas possibilidades de comunicação e ao mesmo tempo integrando-se ao meio social.
Para mim, ficaram claro os resultados e porque ela considerou-os positivos. Entendo que ela proporciona nesta postagem todos os dados que eram necessários para fazer uma análise do que ela transmitiu.
Porém, no final da postagem. ela definiu como um trabalho lento o desenvolvimento de competências do professor e do aluno. Não considerei lento o trabalho realizado com os alunos e com os professores em relação à resistência já não pude avaliar.
domingo, novembro 11, 2007
Dúvidas

Toda a atividade proposta tem um objetivo. Nada pode ser mais claro.
Porém me pergunto, se a forma como deve ser executada, leva em consideração as condições físicas, sociais e espaciais daqueles a quem são propostas.
Apesar de por um lado ser negativo encontro o lado positivo a partir do momento em reflito sobre o meu trabalho em sala de aula. Que tipo de atividade estou propondo aos meus alunos. Será que é a forma ideal de atingir os meus objetivos? Não estou dificultando ou quem sabe complicando uma tarefa que poderia ser mais prazerosa?
sábado, novembro 10, 2007
Conscientização 2
A primeira releitura que fiz do quadro de Velásquez “As meninas” foi a que estou expondo acima.
Por que mudei ?
Uma questão de interpretação da atividade. A princípio achava que deveria desenhar o quadro como eu via e o que eu via era uma situação de meus alunos no meio em que vivem e transportei todas as personagens do quadro para esta realidade.
Depois influenciada por conversas com colegas entendi que deveria desenhar o que o artista estaria observando para estar pintando o quadro.
De certa forma perdi qualidade com esta mudança e aprendi que a primeira leitura de uma obra deve ser mantida até mesmo para nos mantermos fiéis as nossas idéias.
Certo ou Errado, quem sabe?
sexta-feira, novembro 02, 2007
Novas reflexões - Somos a energia

A carga horária a que somos submetidas em nosso trabalho devo dizer que também é uma opção. Ninguém é obrigado a trabalhar, pois há muito tempo foi abolida a escravidão no Brasil (exceto em alguns casos que esporadicamente é noticiado na imprensa). Escolhi uma profissão que realmente queria, desejava e não me arrependo por isto e é uma profissão que me exige dedicação, pois jamais seria capaz de me considerar uma educadora se não me dedicasse com o coração a ela.
Procurei, batalhei e estou fazendo este curso com muito orgulho e carinho a ele e vou manter este objetivo, pois estou chegando a algumas conclusões felizes, pelo menos para mim. Retomando na minha memória desde o início do caminho percebi que cada professor tem na sua disciplina um filho único e querido que precisa ser apresentado em todas as suas potencialidades e facetas e o tempo é muito curto. Como crianças afobadas em contar as alegrias e novidades de um passeio dando ênfase aquilo que fizeram de melhor estamos professores e alunos-professores nos bombardeando de informações e criatividade com pouco tempo para absorvermos tantas novidades e as elaborarmos. Notei isto principalmente agora neste semestre onde estamos tratando disciplinas que envolvem muita sensibilidade e criatividade e quando usamos estas duas qualidades extremamente ternas e admiráveis nossas mentes não possuem limites, ou melhor, não se dão limites. Da mesma maneira em que no semestre anterior trabalhar a mente e o comportamento aconteceram dificuldades, pois precisávamos primeiro conhecer-nos a nós mesmos e isto leva tempo... Muito tempo...
Tudo isto estou considerando como positivo nesta caminhada porque chego a uma conclusão maravilhosa: Este rumo que tomamos não tem final de jornada e como diz o velho Sócrates* do posto de gasolina: “A felicidade está na jornada e não no objetivo final”. Esta jornada tem sido árdua, preocupante, mas extremamente gratificante, pois tem se tornado cada vez mais motivação de novas buscas e novas descobertas. Enfim estou, atualmente, considerando o desejo de passar ensinamentos e experiências como professores e a ansiedade de aprender cada vez mais como alunos, a melhor solução de energia para o mundo.
* Dan Millman- O caminho do Guerreiro Pacífico – Pensamento,1992,São Paulo
quarta-feira, outubro 31, 2007
Uma Tarde com ARTE e CULTURA
Hoje estive na “Feira do Livro” com as crianças. Foi um passeio bastante proveitoso e tranqüilo. Tivemos um encontro com o escritor Kalunga que é maravilhoso com as crianças. Interage com elas de maneira simples e agradável, contando histórias, cantando e dizendo poesias. Muito carinhoso e prestativo cativou a todos que participaram ativamente da apresentação. Após assistimos uma encenação sobre o meio ambiente apresentado por alunos da Escola Décio Martins Costa. Aproveitamos que um navio da Marinha estava ancorado recebendo visitação e foi uma grande alegria para todos subir a bordo. Visitamos os estandes e visitamos o ônibus da biblioteca do Sesi.
Todos estavam alegres com a programação. Mais um saldo positivo para lançar no nosso balanço anual.
Quero aqui registrar algo que não esperava encontrar. Um livro infantil (ou quase) escrito por José Saramago: A maior flor do mundo (escrito com a ortografia vigente em Portugal) da Companhia das Letras e com ilustrações de João Caetano.
terça-feira, outubro 30, 2007
quarta-feira, outubro 24, 2007
Razões para estar feliz

Estou imensamente feliz!
A cada dia que passa sinto mais paixão pela profissão que escolhi. Grande parte do mérito está no curso que estou fazendo, apesar das dificuldades impostas pela falta de tempo. Através dele sinto de certa forma recompensada pelo meu trabalho e pelas angústias sofridas em conseqüência dele. Neste curso tenho encontrado muitas respostas para meus anseios e dúvidas quanto “a ser educadora” e “o como proceder com coerência”. Cada nova lição me torna mais viva e necessária para estas crianças. Quando sinto pesar as frustrações vem uma nova palavra para aliviar o peso e me sinto reanimar para continuar naquilo a que me propus há “muuuiiiitos” anos atrás. Aos poucos, semestre a semestre vou me sentindo mais completa como profissional e como pessoa. Este momento da minha vida é muito especial porque no meio acadêmico voltei a acreditar que existem pessoas maravilhosas neste mundo e que merecem o meu respeito e admiração. No momento sinto necessidade de agradecer a todos que tem me acompanhado percebendo o meu crescimento ( Também! Já estava na hora de alguma coisa mudar!).
Outra coisa importante é que coloquei um computador na minha sala de aula(colaboração de meu marido) e me foi prometido pela direção a conexão com a Internet para o próximo ano. Meus alunos estão radiantes.
terça-feira, outubro 23, 2007
Concertos para Juventude
Estou bastante feliz com o resultado da ida ao Teatro São Pedro com as crianças para assistir “Concertos Banrisul para Juventude”.
Considero todos os aspectos positivos. Fomos de Trensurb e cada um comprou a sua passagem; passaram com segurança nas roletas sem atrapalharem-se como em outras oportunidades, entraram e saíram do trem sem correrias, caminharam pelo centro da cidade conversando naturalmente, mas não perderam o rumo do objetivo que os levou até lá.
domingo, outubro 21, 2007
Resultados

Após ter contato com as maravilhas da tecnologia, me senti tão envolvida que busquei uma forma de envolver meus alunos também nesta magnífica viagem de um futuro tão presente. Gostei muito da idéia de apresentação de Power-Point e passei a mostrar para eles as mensagens que recebia por e-mail apresentando alguns PPS (apresentação de slides do Microsoft Power Point), os quais prendiam a atenção deles e estimulavam perguntas a respeito da tecnologia. Senti que lhes era agradável e no momento em que disse que qualquer um deles teria a capacidade de criar uma apresentação sobre qualquer assunto que elegessem, despertei a curiosidade deles e a vontade de realizarem o trabalho. A partir daí começaram a se preparar para a tarefa de criação. Escolheram o assunto que lhes interessava e então passaram a pesquisar em jornais, revistas com caráter educativo e informativo como a revista Gênios e seus suplementos (RBS) e livros por mim disponibilizados, buscando elementos para o trabalho. Pediam material, sugestões e idéias para a execução. Durante a elaboração dos mesmos, ia fornecendo informações e dicas de como usar o programa e o teclado e contava com a colaboração de alunos que tinham algum conhecimento por participarem de projetos existentes para crianças em situação de risco social. O resultado foi gratificante. Apareceram assuntos diversos que estavam dentro da curiosidade deles em relação ao mundo como “O que é Música”, “Vulcões e Terremotos”, “Escritores Gaúchos”, até mesmo apresentação de livros infantis como “Roda de Chimarrão” de Maria Dinorah. Foi combinado que o trabalho seria composto de 10 slides no máximo e 7 no mínimo. Depois de planejados os slides e solicitadas as ilustrações (na Escola atualmente tem 4 computadores em funcionamento e não possuímos Internet) para que eu as digitalizasse ou buscasse na Internet, gravando-as em um cd , passamos para a Sala de Informática para que aos poucos eles fizessem a montagem do trabalho. A variedade de assuntos e a qualidade do trabalho realizado por eles podem comprovar a minha colocação que o trabalho foi um sucesso. Para isto estarei postando aos poucos as apresentações que eles fizeram na minha página do Wiki.
Para ver clique aqui.
sexta-feira, outubro 19, 2007
Tristes Verdades

Dentro das Escolas seria ideal o pensamento que todos unissem forças para o bem-estar do aluno e condições para que o professor conseguisse ter as condições de trabalho necessárias para que o bem realizasse, porém o que se vê são os setores e pessoal de limpeza e merenda preocupadas em marcar as suas “folgas” que por lei não existem senão não assinariam o livro-ponto no dia da suposta “folga”. A falta de cuidado com os equipamentos pertencentes à Escola e a não manutenção das mesmas. As constantes faltas de funcionários que muitas vezes não cumprem a carga horária determinada por lei, a fraude de anotação de dias letivos quando na realidade não são cumpridos (sábados que dizem ser trabalhados e não são). A rotina se determina em função das necessidades e desejos dos funcionários e não em função do aluno, motivo e razão de existir “escola”.
Enfim, é neste ambiente que preciso fazer o meu trabalho e desempenhá-lo da melhor maneira possível. Desviar ou não atenção das crianças destas situações duvidosas? Considerar tudo normal apesar de estar contra tudo que eu acredito em termos de valores, responsabilidades, honestidade? Resta-me, reservar-me a minha sala de aula, afastando-me da idéia de comunidade escolar e buscar suprir de alguma forma as deficiências que a escola apresenta perante as crianças.
É nisto que pretendo me deter ao dissertar sobre as mudanças e progressos que tenho sentido no contexto do meu curso e da minha sala de aula e principalmente em relação aos meus sonhos e os meus ideais.
Considero importante expor que já há alguns dias tenho este texto dormindo nos arquivos do meu computador e como uma luz de inspiração recebi a recomendação da professora Bea de assistir um filme “Escritores da Liberdade” e após vê-lo, senti renascer uma esperança que por muitas vezes estava sentindo perdida.
segunda-feira, outubro 01, 2007
Novidades

Uma grande modificação que fiz na forma de meu trabalho começou antes do recesso de julho quando procurei a direção da Escola e expus a minha idéia de trabalhar com a quarta série de uma forma diferente. Pensando em desenvolver a autonomia, confiança e elevar a auto-estima deles, comecei a realizar um trabalho parecido com o da Escola da Ponte. Combinei com eles, relação de conteúdos que seriam desenvolvidos no período de três semanas e junto, atividades fornecidas por mim em papel xerocado ou no próprio quadra-negro. Seriam conteúdos mesclados da necessidade do regimento da Escola e Plano de Estudo e alguns de acordo com os interesses e curiosidades deles. Depois de dado o planejamento para eles, seria fornecido em sala de aula material para pesquisa e fora da sala de aula poderiam buscar na biblioteca da Escola ou em outras fontes que tivessem oportunidade. Nos conteúdos matemáticos, primeiro fazem um estudo dirigido para depois dar a explicação nos aspectos solicitados por eles procurando dar-lhes sempre um exemplo próximo das suas próprias vivências. Sempre que encontram dificuldades buscam explicação individual e nas correções faço as explicações coletivas.Nas primeiras três semanas de setembro notei uma sensível diferença na forma de trabalho das crianças. Chegavam em sala de aula, sabendo o que iriam fazer, dentro da escolha deles do dia.
Cada um passou a ser responsável pelos resultados e andamento do seu trabalho. Quando achavam interessante trabalhavam em duplas ou eventualmente pediam opiniões para os colegas. Comparavam o que haviam selecionado para colocar nos trabalhos desenvolvidos e a turma passou a levar mais a sério os prazos e a necessidade de vencer os conteúdos. Nas primeiras três semanas, notei que o nº de aluno alunos que não corresponderam às expectativas foi menor que o nº de alunos que apresentavam problemas de freqüência, disciplina e interesse nos meses anteriores. Não sei se os resultados finais serão satisfatórios como espero, mas sei que a atitude deles em relação à escola mudou e aos poucos tento fazer novas adaptações para que consigam ser mais independente quando chegarem na 5ª série e mais organizados para que consigam aproveitar melhor o conteúdo dado. Quero principalmente que eles consigam desenvolver o senso crítico dos seus próprios trabalhados e do aproveitamento do que foi estudado.
quinta-feira, setembro 27, 2007
Primeiras impressões

Teatro, Música, Artes, disciplinas que acordam nossa sensibilidade e criatividade e principalmente nos fazem lembrar nossos tempos de criança. Estou achando que este semestre é como uma caixa de lápis de cor, bem colorida diferente do semestre passado que estava parecido com um pergaminho envelhecido.
Apenas impressões!
sexta-feira, setembro 21, 2007
Tempo para mim...
sábado, setembro 15, 2007
Semana Farroupilha

sexta-feira, setembro 07, 2007
Talentos deveriam ser imortais
quarta-feira, setembro 05, 2007
Semana da Pátria
Preciso registrar também a pouca importância que a minha escola está dando para esta data pois apesar da decepção, seria uma oportunidade para junto com nossos alunos debatermos sobre o assunto.
segunda-feira, agosto 27, 2007
Recordando...
sexta-feira, agosto 24, 2007
Fim de semestre...

Tem sido para mim uma experiência gratificante. Conhecer outras pessoas quase com as mesmas expectativas que eu, pois depois de anos a possibilidade de enfim conseguir fazer uma graduação se tornou uma prioridade. Oportunidade que talvez não venha mais a acontecer. Também entendo que talvez as coisas aconteçam na vida da gente no momento certo. Toda esta movimentação de aprendizagem dá um novo vigor na minha vida, pois cheguei a acreditar que nada de extraordinário mais estava reservado para mim. A familiarização com as tecnologias, as novas formas de comunicação, as possibilidades de criação que este tipo de curso me proporcionam rejuvenescem todos os meus hábitos concretizando sonhos de aperfeiçoamento e atualização do trabalho que escolhi para trilhar.
Tenho encontrado pessoas com valores que acreditava extintos, como o dom da solidariedade, força de vontade, persistência e capacidade de errar e tentar de novo para acertar. Muito do que vivencio tenho transmitido para os meus alunos, mostrando para eles que nunca se deve desistir além de poder desenvolver e recuperar com eles uma boa parte da história de suas origens. Além disto a possibilidade de conscientização da grande influência que exerço sobre eles através do meu comportamento e do meu emocional e é claro, não deixando de lembrar as circunstâncias que são influências para que eles estejam prontos para a aprendizagem.
Recebi neste semestre um presente através do carinho e dedicação de tutoras e professoras que com sensibilidade foram solidárias com as minhas angústias, dúvidas e inseguranças e as quais serei sempre agradecida.
Compartilhei momentos de alegria e descontração com colegas que passaram a fazer parte de minha vida mesmo que esporadicamente ou virtualmente.
Enfim, posso dizer que sou uma pessoa muito feliz por ser aluna deste curso à distância da Ufrgs e realizada por constatar que o curso à distância é um curso onde as máquinas são um elo de calor humano e cultivo de grandes amizades.
domingo, agosto 19, 2007
É Difícil...

domingo, agosto 12, 2007
Avaliação

Acho indispensável termos a capacidade de nos expressar através de questões dissertativas ou de síntese nossas opiniões, conhecimentos e experiências. Porém, falando pessoalmente encontro algumas dificuldades visto que não adquiri o hábito porque assim nunca me foi cobrado. Elaborar o pensamento e transformá-lo em palavras por vezes também me é difícil.Já percebi que é preciso praticar mais esta técnica tão necessária na nossa comunicação. Com os aluno fica tudo mais fácil, pois precisamos ser claros e didáticos e utilizar o vocabulário que os atinja, mas tenho consciência que em nível de graduação as necessidades são outras.
Outra coisa que na condição de aluna venho expor é o fato de não termos a oportunidade de conhecer exatamente ou quase o que os professores desta interdisciplinas estavam esperando. Julgo importante que se estabeleça um tipo de relação onde convivendo com uma pessoa conheçamos as suas expectativas em relação a nós e senti que faltou mais trabalho deste tipo para que conseguisse chegar ao pretendido. Imperioso dizer que a falta de mais tempo para desenvolver com mais tranqüilidade os conteúdos se fez e além
desta, a necessidade de um outro professor colaborar de forma muito ativa para esclarecimentos interrompeu este relacionamento.
De qualquer forma os e-mails através da lista de discussão foram bastante construtivos e a experiência que adquiri sobre a necessidade de estreitar o relacionamento com os meus alunos para que consigam com mais facilidade chegar ao conhecimento, mostrou-me que a minha postura e atitude como educadora está certa.
Gostaria também de registrar minha admiração pelo empenho dos professores para administrar o tempo para tanto conteúdo e o domínio e conhecimento dos mesmos.
segunda-feira, agosto 06, 2007
Que não se torne banalidade

Antiguidades tão modernas


sábado, agosto 04, 2007
Sinto vergonha de mim

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância em esquecer
a antiga posição de sempre "contestar",
voltar atrás e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
***
"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto". (Rui Barbosa)
quarta-feira, julho 25, 2007
Encontro Esclarecedor e Descontraído


segunda-feira, julho 23, 2007
Trabalho bem aproveitado

de entrevistas, tanto com os alunos, como com os adultos que as crianças entrevistaram.
Ao ler as entrevistas, pude tomar um conhecimento muito maior da comunidade que trabalho além de proporcionar as crianças um momento de trocas com os pais, familiares e vizinhos. Muitos não se contentaram em fazer apenas duas entrevistas e disponibilizei mais formulários aproveitando o interesse deles e a empolgação por conhecer um pouco da sua própria história através da infância de seus familiares.
Ouvir os comentários a respeito das respostas que colheram foi muito prazeroso. Pude observar o quanto muitos amadureceram do começo do ano até a presente data, através das conclusões que iam chegando, principalmente a compreensão de que seus pais e as pessoas que vieram antes deles, tinham um mundo na maioria das vezes muito mais penoso que eles mesmos. Souberam o que estão levando em vantagem com as novas tecnologias e o progresso e identificaram também quais são as suas desvantagens. Foi um momento de reflexão e discussão de valores e prioridades onde percebi que dali poderão sair excelentes brasileiros que talvez façam bem mais que a professora deles está fazendo.
Por causa disto fiz questão de colocar várias observações na página da tabela, pois pretendo aproveitar mais em sala de aula com eles.
domingo, julho 22, 2007
No limite

Assim estamos vendo todos os setores aqui no Brasil. A saúde acima do limite (basta vermos a lotação dos hospitais), a educação acima do limite (sem docentes capacitados, sem condições de trabalho nas escolas), a segurança, nem vale a pena repetir o que o povo brasileiro todo reclama, nossas crianças sem uma infância de fato e assim vamos listando uma infinidade de seqüelas que a nossa sociedade assiste incrédula neste momento em que todas atenções estavam voltadas para o Pan, esquecendo os escândalos do Congresso e para completar da nossa Assembléia que sempre se apresentou dentro das possibilidades tão correta. E agora? Vamos exercitar o limite da nossa aceitação?
Algo preciso aprender com isso e vou me policiar e revisar se também não estou usando o limite como medida em minhas atividades e compromissos. É preciso aprender algo com toda esta tristeza; acontecimentos como estes não podem se transformar em banalidades como já se tornaram as balas perdidas em regiões de traficantes.
sexta-feira, julho 20, 2007
Trajeto para o Pólo Alvorada


Um dia de lembranças especiais
sexta-feira, julho 13, 2007
"Brincadeira de roda" no Pólo

Rosaura, Vanessa e Adriana estavam ocupadas com os flashes que eram muitos.

Bem pessoal. Vejamos se descobrimos? O que podem ser um bando de mulheres? Engraçadas, Fanáticas, Idealistas, Artistas, CDFs, Malucas ou Vencedoras para irem até o Pólo Alvorada naquela quarta-feira, dia 11 de julho, com todo aquele frio, assistir a aula presencial de Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica e Infâncias de 0 a 10 anos, brincar de roda, ficar cantando músicas do tempo em que era criança e lembrando das brincadeiras de muiiiiito tempos atrás??????????
Seja o que sejamos foi uma aula fantástica, bastante produtiva, e apesar do frio foi uma aula acolhedora através da professora e das tutoras presentes.
sábado, julho 07, 2007
Ponto Positivo

sexta-feira, junho 29, 2007
Educação, a oitava arte - O Prazer de Ensinar

sábado, junho 23, 2007
O que é ter infância?

Infâncias de 0 a 10 anos.
Como já comentei das outras vezes tenho um gosto todo especial por estas aulas presenciais. Considero um momento de explosões de idéias onde sempre fica algo para depois, fazendo com que aquilo que não ficou definido ou conceituado nos impulsione para a busca da solução. A partir daí renova o ciclo: atividade – Rooda – texto – Skipe – e-mail – pesquisa – Internet – e-mail – Skipe - fórum – Rooda – e-mail – Skipe – postagem – Rooda – e-mail – Skipe e neste meio com contratempos que a tecnologia nos apronta descobrimos alguma coisa nova e então é uma nova onda de e-mails para passar a novidade. Em outra oportunidade falarei mais sobre as nossas aulas presenciais, pois elas são muito ricas em conteúdo como pessoas. Neste momento não sei como definir com palavras o que me vem no pensamento.
O que é importante dizer no momento é o que ficou marcado para mim quando foi dito no final da aula, que iríamos definir que tipo de infância que estávamos trabalhando.
Este pensamento me acompanhou e está me acompanhando o tempo todo.
Mais ainda, será que este tipo de vida (se é que se pode chamar de vida) que essas crianças levam pode-se chamar ter infância?
Esta última semana tenho me sentido bastante aflita com a ansiedade dos meus alunos em sala de aula. Morando em uma região de conflito e violência fica difícil e confuso nas cabecinhas deles muitas das coisas que tentamos lhes passar na Escola e mais ainda na minha cabeça se o que estou fazendo:" é certo ou é errado"?