O Brincar

O contato com a Ludicidade e Educação trouxe lembranças da minha infância e a alegria que é brincar.

Tomar conhecimento da importância da brincadeira para o desenvolvimento saudável da criança, fortaleceu a minha idéia de que a infância deve ser cultivada e vivida intensamente pelos indivíduos. É através do brinquedo que a criança avalia a sua destreza, habilidade e progresso comparando-se com os outros participantes do jogo.

Ao brincar ela faz suas primeiras experiências para uma vida adulta, assim propiciando o brinquedo para o aluno estaremos permitindo uma preparação da criança para a vida adulta.

Além disto, o real significado da brincadeira. Uma atividade só pode ser considerada lúdica quando for dissociada de obrigações, livre e voluntária. Acima de tudo deve proporcionar alegria, satisfação e muita diversão. Participar dos fóruns proporcionados por esta interdisciplina foi prazeroso e produtivo.

Educação de Jovens e Adultos

Ao abordarmos a interdisciplina “Educação de Jovens e Adultos”(EJA), tomei conhecimento de questões importantes para se levar em conta na elaboração do planejamento adequado para esta faixa da população que busca sua continuação de formação escolar. São indivíduos já inseridos em diversos segmentos da sociedade e mercado de trabalho com seus grupos culturais e ao mesmo tempo em algum momento de suas vidas se tornaram excluídos da escola regular. Deve-se ter presente que o modelo pedagógico usado na escola regular com as crianças e adolescentes não é apropriado para ser aplicado com os alunos da EJA, inclusive o vocabulário e a sequência utilizada. Além disto, o letramento do indivíduo também é aspecto importante a se analisar no trabalho com jovens e adultos.

Estes grupos de pessoas possuem dificuldades determinadas pela sua origem de poucos recursos culturais, com uma linguagem específica do seu grupo e em algum momento da sua vida escolar tornaram-se excluídos do meio de aprendizagem.

É importante também observar os diferentes mecanismos de raciocínio e estratégias que utilizam na construção de seu conhecimento. Sendo assim é imprescindível que se tenha presente a importância de incorporar na prática pedagógica o conhecimento prévio destes alunos e a sua forma de analisar as questões.

Foi uma experiência gratificante o contato com estes alunos onde percebi a vontade e necessidade de conhecimento destes alunos e o conhecimento da diversidade que eles apresentam.

Foi uma oportunidade de leituras gratificantes de Marta Kohl de Oliveira e o sempre presente Paulo Freire.

Escola, Projeto Pedagógico e Currículo

Uma interdisciplina que me fornece dados também para a elaboração de meu TCC e me ajudou no planejamento do meu estágio foi Escola, Projeto Pedagógico, Currículo. Nesta disciplina aprofundei o meu conhecimento da estrutura escolar e da situação de uma escola democrática, onde se busca na comunidade suas necessidades e realidade para elaborar-se um plano de ação dentro da Escola. Um momento de participação e cidadania, onde todos os elementos da comunidade participam manifestando as prioridades do meio e fiscalizando as ações e decisões de interesse de todos. Uma forma dos pais darem exemplo aos filhos de participação na sociedade.

A elaboração do PP ( Projeto Pedagógico) atualmente nas nossas escolas é um grande desafio, um momento de grandes desafios e inovações para tornar a ação da escola mais efetiva e democrática, superando ações que já não são mais tão eficientes como em tempos atrás, alterando currículos e novas formas no ensinar. Um trabalho com a comunidade é um trabalho mais verdadeiro de educação para a cidadania.

Tecnologias da Informação e Comunicação

A primeira interdisciplina que mais me atraiu foi “Educação e Tecnologias da Informação e Comunicação”. É importante para eu ressaltar a importância que esta interdisciplina teve em minha atuação dentro da Escola.

Conhecer uma nova forma de fazer os trabalhos escolares com as crianças propiciou um reconhecimento da direção e uma possibilidade de apoio que me era necessário para poder fazer este curso trabalhando 40 horas semanais com turmas de 1ª à 4ª série. Me envolvi com a criação de um laboratório de informática com computadores velhos doados, sem internet utilizando os recursos de cd de jogos e os programas fornecidos pelo modo operacional do Windows 98.

Mesmo com estes poucos recursos a novidade fez muito sucesso entre as crianças e pouca credibilidade por parte de colegas.

Coloquei um computador que trouxe de casa, antigo também, na sala de aula e depois de mais ou menos 1 ano e meio consegui a Internet na minha sala de aula.

A partir daí, toda a minha forma de trabalho modificou, envolvendo mais as crianças com as tarefas da sala de aula.

As elaborações de aula eram sempre atualizadas e passei a buscar cada vez mais uma forma de me aproximar daquilo que atraia as crianças.

Nestes quatro anos muita coisa modificou na escola e tenho certeza que tive a minha participação para isto. Acredito que o meu entusiasmo com as novas tecnologias digitais tenham uma parcela nesta transformação. Atualmente possuímos uma sala de informática com Internet banda larga, composta de 10 computadores mais modernos com tela LCD e aos poucos está aumentando a procura dos professores para o uso da mesma.

Consigo trocar informações e sugestões com colegas através de e-mails. (No começo nem se falava sobre isto.)

Criei um blog para a escola que passa por altos e baixos pois ainda não consegui nenhum professor que mantenha-o atualizado e no momento atual se torna difícil para mim em função do tempo, mas quem sabe depois que terminar a graduação eu tenha mais tempo?...

Atualmente as TICs fazem parte do meu trabalho de conclusão onde abordo o uso das mesmas para a formação da cidadania.

Então...

Quando pensei em cursar uma faculdade, busquei uma satisfação pessoal, uma realização onde ao mesmo tempo em que realizava um desejo, acrescentava um aperfeiçoamento em minha carreira profissional. Melhor seria dizer naquilo que considerei uma missão na minha vida. De fato, obtive um crescimento como pessoa indiscutível. Muito me foi acrescentado neste período.

Não resta dúvida que as recomendações e conteúdo trabalhado tiveram influência para isto. É preciso que se registre que a vida e as experiências nos ensinam muito.

Percebi, entretanto que pessoas não mudam mesmo cursando um curso de graduação. Que os valores que nos são transmitidos na infância permanecem e muito pouco uma graduação poderá modificar no nosso íntimo e atitudes o que foi adquirido na infância. Desta forma, percebo que muitos mesmo aprendendo (ou não) novos conhecimentos manterão hábitos que não condizem com a posição de um educador.

Aprendi também que a flexibilidade e solidariedade não se aprendem. Se tivermos tendência para vivenciarmos, as vivenciaremos de forma mais intensa e com mais convicção.

Constatei que o mundo que fazemos parte é um mundo bastante egoísta onde pessoas pensam quase que exclusivamente no seu bem-estar, não levando em conta a liberdade dos outros de pensar diferente delas.

Aprendi principalmente que não devemos colocar pessoas em um pedestal antes de realmente a conhecermos e que tolerância é um dom de poucos. A aceitação do diferente não se mostra através de palavras, mas através de atitudes.

Reconhecer a capacidade de outros também se torna difícil para muitos.

Refletir sobre a influência do curso no meu fazer pedagógico não tem sido fácil pois trago algumas desilusões dentro de mim. Entretanto como faz parte do programa do curso, tentarei fazer da melhor maneira possível.