quarta-feira, outubro 31, 2007

Uma Tarde com ARTE e CULTURA

Hoje estive na “Feira do Livro” com as crianças. Foi um passeio bastante proveitoso e tranqüilo. Tivemos um encontro com o escritor Kalunga que é maravilhoso com as crianças. Interage com elas de maneira simples e agradável, contando histórias, cantando e dizendo poesias. Muito carinhoso e prestativo cativou a todos que participaram ativamente da apresentação. Após assistimos uma encenação sobre o meio ambiente apresentado por alunos da Escola Décio Martins Costa. Aproveitamos que um navio da Marinha estava ancorado recebendo visitação e foi uma grande alegria para todos subir a bordo. Visitamos os estandes e visitamos o ônibus da biblioteca do Sesi.

Todos estavam alegres com a programação. Mais um saldo positivo para lançar no nosso balanço anual.

Quero aqui registrar algo que não esperava encontrar. Um livro infantil (ou quase) escrito por José Saramago: A maior flor do mundo (escrito com a ortografia vigente em Portugal) da Companhia das Letras e com ilustrações de João Caetano.


quarta-feira, outubro 24, 2007

Razões para estar feliz


Estou imensamente feliz!

A cada dia que passa sinto mais paixão pela profissão que escolhi. Grande parte do mérito está no curso que estou fazendo, apesar das dificuldades impostas pela falta de tempo. Através dele sinto de certa forma recompensada pelo meu trabalho e pelas angústias sofridas em conseqüência dele. Neste curso tenho encontrado muitas respostas para meus anseios e dúvidas quanto “a ser educadora” e “o como proceder com coerência”. Cada nova lição me torna mais viva e necessária para estas crianças. Quando sinto pesar as frustrações vem uma nova palavra para aliviar o peso e me sinto reanimar para continuar naquilo a que me propus há “muuuiiiitos” anos atrás. Aos poucos, semestre a semestre vou me sentindo mais completa como profissional e como pessoa. Este momento da minha vida é muito especial porque no meio acadêmico voltei a acreditar que existem pessoas maravilhosas neste mundo e que merecem o meu respeito e admiração. No momento sinto necessidade de agradecer a todos que tem me acompanhado percebendo o meu crescimento ( Também! Já estava na hora de alguma coisa mudar!).
Outra coisa importante é que coloquei um computador na minha sala de aula(colaboração de meu marido) e me foi prometido pela direção a conexão com a Internet para o próximo ano. Meus alunos estão radiantes.


terça-feira, outubro 23, 2007

Concertos para Juventude


Estou bastante feliz com o resultado da ida ao Teatro São Pedro com as crianças para assistir “Concertos Banrisul para Juventude”.
Considero todos os aspectos positivos. Fomos de Trensurb e cada um comprou a sua passagem; passaram com segurança nas roletas sem atrapalharem-se como em outras oportunidades, entraram e saíram do trem sem correrias, caminharam pelo centro da cidade conversando naturalmente, mas não perderam o rumo do objetivo que os levou até lá.
Ao subirem as escadas do Teatro, tiraram os bonés com respeito sem necessidade de solicitar que o fizesse. Ao entrarem, percorreram as dependências respeitando as orientações dos funcionários, sentando-se com tranqüilidade e permaneceram com as conversas em tom baixo respeitando o ambiente. Assistiram ao espetáculo bastante concentrados respeitando a hora de bater palmas e a hora de silenciar. Na saída a minha maior satisfação foi ouvir os comentários, sendo unânimes em dizer que haviam gostado muito do espetáculo. Aparentavam estar felizes e tranqüilos.Conversamos sobre as músicas apresentadas e as que eles já haviam tido contato. Foi uma manhã de enriquecimento cultural e de cidadania.


domingo, outubro 21, 2007

Resultados


Após ter contato com as maravilhas da tecnologia, me senti tão envolvida que busquei uma forma de envolver meus alunos também nesta magnífica viagem de um futuro tão presente. Gostei muito da idéia de apresentação de Power-Point e passei a mostrar para eles as mensagens que recebia por e-mail apresentando alguns PPS (apresentação de slides do Microsoft Power Point), os quais prendiam a atenção deles e estimulavam perguntas a respeito da tecnologia. Senti que lhes era agradável e no momento em que disse que qualquer um deles teria a capacidade de criar uma apresentação sobre qualquer assunto que elegessem, despertei a curiosidade deles e a vontade de realizarem o trabalho. A partir daí começaram a se preparar para a tarefa de criação. Escolheram o assunto que lhes interessava e então passaram a pesquisar em jornais, revistas com caráter educativo e informativo como a revista Gênios e seus suplementos (RBS) e livros por mim disponibilizados, buscando elementos para o trabalho. Pediam material, sugestões e idéias para a execução. Durante a elaboração dos mesmos, ia fornecendo informações e dicas de como usar o programa e o teclado e contava com a colaboração de alunos que tinham algum conhecimento por participarem de projetos existentes para crianças em situação de risco social. O resultado foi gratificante. Apareceram assuntos diversos que estavam dentro da curiosidade deles em relação ao mundo como “O que é Música”, “Vulcões e Terremotos”, “Escritores Gaúchos”, até mesmo apresentação de livros infantis como “Roda de Chimarrão” de Maria Dinorah. Foi combinado que o trabalho seria composto de 10 slides no máximo e 7 no mínimo. Depois de planejados os slides e solicitadas as ilustrações (na Escola atualmente tem 4 computadores em funcionamento e não possuímos Internet) para que eu as digitalizasse ou buscasse na Internet, gravando-as em um cd , passamos para a Sala de Informática para que aos poucos eles fizessem a montagem do trabalho. A variedade de assuntos e a qualidade do trabalho realizado por eles podem comprovar a minha colocação que o trabalho foi um sucesso. Para isto estarei postando aos poucos as apresentações que eles fizeram na minha página do Wiki.

Para ver clique aqui.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Tristes Verdades



Se viermos a fazer uma avaliação de como está o "sistema de ensino" no Brasil, teríamos antes que avaliarmos como está o “sistema” no Brasil. Consideramos que o sistema corresponde à máquina pública que agrega milhares de trabalhadores. Quem viu o polêmico filme “Tropa de Elite”, percebe que o maior problema não é a segurança do cidadão. O grande problema brasileiro está na estrutura do sistema. A grande verdade é que o sistema brasileiro, a máquina pública que é sustentada pelo dinheiro dos impostos, está a serviço dela mesma.
Não é nada absurdo constatar que os funcionários públicos consideram estar fazendo um favor para a sociedade, tal e qual o seu patrão deixa passar por ocasião da época das eleições. Candidatos vão para a mídia dizer que estão ali para resolver todos os problemas da sociedade: educação, saúde segurança. Eleitos esquecem tudo o que prometeram e passam a garantir a continuidade do próximo mandato.
Dentro das Escolas seria ideal o pensamento que todos unissem forças para o bem-estar do aluno e condições para que o professor conseguisse ter as condições de trabalho necessárias para que o bem realizasse, porém o que se vê são os setores e pessoal de limpeza e merenda preocupadas em marcar as suas “folgas” que por lei não existem senão não assinariam o livro-ponto no dia da suposta “folga”. A falta de cuidado com os equipamentos pertencentes à Escola e a não manutenção das mesmas. As constantes faltas de funcionários que muitas vezes não cumprem a carga horária determinada por lei, a fraude de anotação de dias letivos quando na realidade não são cumpridos (sábados que dizem ser trabalhados e não são). A rotina se determina em função das necessidades e desejos dos funcionários e não em função do aluno, motivo e razão de existir “escola”.
Enfim, é neste ambiente que preciso fazer o meu trabalho e desempenhá-lo da melhor maneira possível. Desviar ou não atenção das crianças destas situações duvidosas? Considerar tudo normal apesar de estar contra tudo que eu acredito em termos de valores, responsabilidades, honestidade? Resta-me, reservar-me a minha sala de aula, afastando-me da idéia de comunidade escolar e buscar suprir de alguma forma as deficiências que a escola apresenta perante as crianças.
É nisto que pretendo me deter ao dissertar sobre as mudanças e progressos que tenho sentido no contexto do meu curso e da minha sala de aula e principalmente em relação aos meus sonhos e os meus ideais.
Considero importante expor que já há alguns dias tenho este texto dormindo nos arquivos do meu computador e como uma luz de inspiração recebi a recomendação da professora Bea de assistir um filme “Escritores da Liberdade” e após vê-lo, senti renascer uma esperança que por muitas vezes estava sentindo perdida.




segunda-feira, outubro 01, 2007

Novidades


Esta atividade que teremos que executar no final do semestre trouxe para mim a oportunidade de transmitir de alguma maneira a minha satisfação de estar fazendo este curso e ao mesmo tempo o quanto tem sido útil e agradável para eu colocar em prática formas de trabalhar que compartilho da opinião de serem mais eficazes para atingir objetivos diversos.
Uma grande modificação que fiz na forma de meu trabalho começou antes do recesso de julho quando procurei a direção da Escola e expus a minha idéia de trabalhar com a quarta série de uma forma diferente. Pensando em desenvolver a autonomia, confiança e elevar a auto-estima deles, comecei a realizar um trabalho parecido com o da Escola da Ponte. Combinei com eles, relação de conteúdos que seriam desenvolvidos no período de três semanas e junto, atividades fornecidas por mim em papel xerocado ou no próprio quadra-negro. Seriam conteúdos mesclados da necessidade do regimento da Escola e Plano de Estudo e alguns de acordo com os interesses e curiosidades deles. Depois de dado o planejamento para eles, seria fornecido em sala de aula material para pesquisa e fora da sala de aula poderiam buscar na biblioteca da Escola ou em outras fontes que tivessem oportunidade. Nos conteúdos matemáticos, primeiro fazem um estudo dirigido para depois dar a explicação nos aspectos solicitados por eles procurando dar-lhes sempre um exemplo próximo das suas próprias vivências. Sempre que encontram dificuldades buscam explicação individual e nas correções faço as explicações coletivas.Nas primeiras três semanas de setembro notei uma sensível diferença na forma de trabalho das crianças. Chegavam em sala de aula, sabendo o que iriam fazer, dentro da escolha deles do dia.
Cada um passou a ser responsável pelos resultados e andamento do seu trabalho. Quando achavam interessante trabalhavam em duplas ou eventualmente pediam opiniões para os colegas. Comparavam o que haviam selecionado para colocar nos trabalhos desenvolvidos e a turma passou a levar mais a sério os prazos e a necessidade de vencer os conteúdos. Nas primeiras três semanas, notei que o nº de aluno alunos que não corresponderam às expectativas foi menor que o nº de alunos que apresentavam problemas de freqüência, disciplina e interesse nos meses anteriores. Não sei se os resultados finais serão satisfatórios como espero, mas sei que a atitude deles em relação à escola mudou e aos poucos tento fazer novas adaptações para que consigam ser mais independente quando chegarem na 5ª série e mais organizados para que consigam aproveitar melhor o conteúdo dado. Quero principalmente que eles consigam desenvolver o senso crítico dos seus próprios trabalhados e do aproveitamento do que foi estudado.